domingo, 1 de junho de 2008

REPÚBLICA DE PORTA-RETRATO

Na nossa história
Há muita poluição
Filhos da discórdia
Órfãos da misericórdia.

Tudo impuro, emerge desde a colonização
D. joãos, D. Pedros, infantes farsantes
Ludibriaram a nossa nação.

História sem memória
Memória sem glória
Miséria, tragédia, exploração.

Vidas contidas, mentes subordinadas
Assim é a subvida de uma população

Império nunca de fato
República de porta-retrato,
Ditadura aviltante até no trato,
Frutos da não politização.

Bossa nova, tropicália, festival da canção
Geração coca-cola, rock pop, filhos da revolução
Infrutíferas tentativas
Batalhas falsamente vencidas.

Chegamos na geração mensalão
Sem rumo, sem prumo, pura ilusão
Dólar na cueca, cara de pateta
É assim que eles vislumbram o cidadão.

Desilusão, hipocrisia,quanto fantasia
O que há de fato é comodismo
Viabilizando o modismo da corrupção.

O salário é mínimo,
A desconstituição é máxima,
Soterram a dignidade democrática
Destroem a ideologia emblemática

Agora, ritmos dançantes e frenéticos,
Embalam corpos despedidos e herméticos;
E então, quem trará a evolução?

Mentes não pensantes,
Corpos abundantes,
Herdeiros da massificação.

Precisamos despertar as margens plácidas,
Resgatar o povo heróico,
Da sonolência bitolante.

Precisamos ver de fato
A mãe gentil contente,
Porque ainda não raiou a liberdade
No horizonte;
Do país da república de porta-retrato,
Da ditadura aviltante até no trato.

IVAN SANTANA
27/11/05

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