quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Seres noturnos



Seres que veneram a noite,
Vivem em alcovas enfurnados,
Sentindo em seus corpos cada açoite
Assim, rastejando já não são abençoados.
Vermes, que o amor desejam,
O amor, porém de tais seres zomba
E a vida em vilempediados os transforma,
Sentem-se na trepidação da corda bamba
E todas as sensações sonham alcançar
Vermes tolos não querem da vida desistir
E rompem a noite na ânsia louca de amar
E na incessante busca do sentir:
Clamam, sofrem e choram sem cessar
Porém, de suas próprias alcovas,
Nunca serão capazes de escapar.

(escrito em 2004)

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